O que é rebalanceamento de carteira?
- rafaelvalioico
- há 14 minutos
- 2 min de leitura

Rebalanceamento de carteiras de investimentos é um processo crucial para manter o perfil de risco e os objetivos financeiros de um investidor alinhados ao longo do tempo.
Essencialmente, ele envolve ajustar periodicamente a alocação por classes de ativos em uma carteira, vendendo a parcela que se tornou sobre alocada e comprando aquelas que ficaram sub alocadas para retornar à proporção original desejada. Sem o rebalanceamento, o crescimento desigual de diferentes classes de ativos pode levar a uma carteira que se desvia significativamente da sua composição inicial, expondo o investidor a um risco maior ou menor do que o pretendido.
Observe os gráficos fornecidos. Em 31 de dezembro de 2008, a carteira era composta por 60% ações, 35% títulos e 5% caixa, indicando um perfil de risco moderado. No entanto, em 30 de setembro de 2018, sem um rebalanceamento, a alocação mudou para 81% ações, 17% títulos e 2% caixa. Essa mudança indica que as ações tiveram um desempenho significativamente superior aos títulos de renda fixa, fazendo com que a carteira se tornasse muito mais exposta às ações do que o originalmente planejado e pouco exposta à renda fixa. Perceba que o perfil de risco passou de moderado para arrojado. Isto significa que essa carteira estaria agora "desbalanceada".
Para corrigir uma carteira desbalanceada, o investidor precisaria vender o excesso de ações (os 21% adicionais que surgiram devido à valorização) e usar o capital para comprar mais títulos de renda fixa e talvez um pouco mais de caixa, até que a proporção original de 60% ações, 35% renda fixa e 5% caixa fosse restaurada. Esse reajuste realinha a carteira com o perfil de risco desejado. O rebalanceamento pode ser feito em intervalos regulares (por exemplo, anualmente) ou quando uma classe de ativos se desvia significativamente de sua alocação alvo, garantindo que a carteira permaneça otimizada para os objetivos financeiros de longo prazo do investidor.
Bons investimentos!
Abraços,
Rafael Válio